MORTALIDADE PREMATURA POR DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: EVOLUÇÃO TEMPORAL NO NORDESTE BRASILEIRO
Palavras-chave:
Doenças não transmissíveis, Mortalidade Prematura, EpidemiologiaResumo
A mortalidade prematura causada por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é uma das principais causas de anos de vida potencialmente perdidos, impactando no sistema de saúde, devido às perdas resultantes do óbito precoce. Objetivou-se analisar a tendência da mortalidade prematura por DCNT no período de 2013 a 2022 no Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo epidemiológico, ecológico de série temporal com dados de óbitos prematuros pelos quatro grupos de DCNT: doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, neoplasias e diabetes mellitus, na população de 30 a 69 anos, registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) entre 2013 e 2022. Foram calculadas taxas de mortalidade prematura por 100.000 habitantes e a tendência temporal para a região Nordeste, usando regressão linear por pontos de inflexão. A tendência de mortalidade foi classificada em crescente, decrescente ou estacionária e foi calculada a Variação Percentual Anual (APC) com seus intervalos de confiança de 95% (IC95%). Verificou-se que entre 2013 a 2022 houve aumento nos óbitos prematuros por DCNT. A taxa de mortalidade geral teve aumento significativo entre 2013 e 2016, com APC de 2,43. Ao analisar a tendência por grupo de doenças, as doenças cardiovasculares e neoplasias tiveram maior tendência de crescimento. As maiores taxas de mortalidade foram encontradas no sexo masculino em todos os anos da série, com tendência crescente para ambos os sexos. A maior taxa de mortalidade foi nos grupos etários de 50 a 59 anos. Deve-se monitorar a mortalidade prematura para o alcance da meta de redução proposta nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
