CARACTERIZAÇÃO E PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE MICRORGANISMOS ISOLADOS A PARTIR DE APARELHOS CELULARES DE PROFISSIONAIS DA CLÍNICA ESCOLA DE ODONTOLOGIA DA UFCG, PATOS-PB

Autores

  • BRUNO MACENA DO NASCIMENTO UFCG
  • ROSÁLIA SEVERO DE MEDEIROS UFCG

Palavras-chave:

Resistência Bacteriana, Odontologia, Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina

Resumo

As bactérias gram-positivas são um grande grupo de microrganismos que tem como principais representantes as do gênero Staphylococcus e Streptococcus, que podem causar diversos tipos de infecções e são amplamente encontradas no trato respiratório, na pele, na cavidade oral de humanos e animais. Esse estudo teve como objetivo realizar a caracterização e análise do perfil de resistência antimicrobiana de microrganismos isolados de aparelhos celulares de profissionais da Clínica Escola de Odontologia (CEO) da UFCG, localizada em Patos-PB.  Esse estudo é de caráter transversal e exploratório, e incluiu a coleta de amostras de 10 profissionais da clínica, que relataram uso frequente de aparelhos celulares em ambientes clínicos e familiares. Os resultados apontaram que Staphylococcus aureus foi identificado em 35% das amostras analisadas, com elevadas taxas de resistência a antibióticos, particularmente à penicilina (100%) e à cefoxitina (81%). Além disso, a análise microscópica revelou que 95% das cepas eram gram-positivas. As práticas de higienização das mãos e dos aparelhos celulares pelos profissionais foram inconsistentes, com 50% dos entrevistados relatando que raramente higienizam seus dispositivos móveis e 100% afirmando que não realizam a higienização das mãos após o uso do celular. Esses achados corroboram com os aparelhos celulares serem potenciais veículos de transmissão de patógenos, inclusive de microrganismos multirresistentes, em ambientes de saúde. Portanto, é importante a adoção de práticas rigorosas de higiene, tanto dos celulares quanto das mãos, para minimizar os riscos de infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). A multirresistencia a farmacos reforçam a necessidade de protocolos preventivos mais robustos e de programas educativos voltados para a higienização adequada em clínicas odontológicas e outros ambientes de saúde, bem como a busca ativa por intervenções para controlar a propagação de microrganismos resistentes.

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Publicado

2025-05-27