Licença paternidade e atuação paterna no ciclo gravídico puerperal

Autores

  • Hellen Patrícia Batista de Paiva Rodrigues Universidade Federal de Campina Grande
  • Flávio Lúcio Almeida Lima Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

Paternidade, Licença paternidade, Ciclo gravídico puerperal

Resumo

A licença-paternidade é um direito que visa proporcionar aos homens o envolvimento direto nos cuidados e no desenvolvimento de seus filhos, logo após o nascimento. Esse estudo teve como objetivo compreender a atuação de homens-pais com usufruto da licença-paternidade durante o ciclo gravídico puerperal. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, de natureza exploratória, descritiva, realizada em ambiente virtual (on-line), servindo-se de um formulário eletrônico disponibilizado em redes sociais (Instagram, WhatsApp, etc). Participaram 22 homens-pais, residentes na Paraíba, com filhos de 0-5 anos que usufruíram da licença paternidade. Os instrumentos utilizados foram: 1. Questionário sociodemográfico; e 2. Entrevista semiestruturada através do Google Forms. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande (CEP/HUAC/UFCG). Os dados do questionário sociodemográfico foram analisados por estatística
descritiva e as entrevistas por meio da Análise Categorial Temática proposta por Figueiredo (1993). Das entrevistas emergiram três Classes Temáticas, nove Categorias e quatro Subcategorias, a saber: 1) Participação no Ciclo Reprodutivo (Suporte; Realização Pessoal; Percepção de cuidados Perinatais [Coadjuvação; Desigualdade de Gênero]); 2) Vivência da Licença Paternidade (Vinculação Afetiva [Vínculo pai-bebe; Vinculo mãe-bebe]; Aprendizado; Duração insuficiente); 3) Garantia de Direitos Reprodutivos (Falta de Informação; Reformulação de direitos). A vivência da licença-paternidade se revela fundamental para a experiência da paternidade. Ao permitir a participação do homem em momentos cruciais do desenvolvimento inicial da criança e da relação familiar, não apenas o vínculo pai-bebê é fortalecido, como também um modelo igualitário de participação parental é construído.

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Publicado

2025-05-27