AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE ANÁLOGOS SINTÉTICOS DE RIPARINAS DA ANIBA RIPARIA NA MODULAÇÃO DO PROCESSO DE ANGIOGÊNESE ASSOCIADO AO CÂNCER

Autores

Palavras-chave:

riparinas; angiogênese; câncer.

Resumo

Este estudo investigou os efeitos biológicos das riparinas I, II, III e IV, compostos derivados de Aniba riparia, com o objetivo de explorar seu potencial como agentes terapêuticos anticâncer. Foram realizadas metodologias para avaliar toxicidade aguda, hemólise e atividade antiangiogênica. No bioensaio de Artemia salina, a riparina IV apresentou a menor toxicidade, com uma CL50 de 944 ± 1,9 µg/mL, enquanto as demais riparinas apresentaram maior toxicidade, com CL50 maiores ou iguais a 164,1 ± 1,4. O teste de hemólise revelou um baixo índice de lise de hemácias em todas as substâncias, com diferença significativa em relação ao controle negativo apenas para a riparina IV na maior concentração (1024 µg/mL). Para a avaliação do potencial antiangiogênico pelo método CAM, foi utilizada uma concentração subtóxica (2,5 µg/mL) para todas as moléculas. As riparinas II e III mostraram eficácia, com redução significativa no diâmetro dos vasos em 30,2% e 25,5%, respectivamente; no comprimento dos vasos, a redução foi de 19,5% (Rip II) e 18,1% (Rip III), e no número de ramificações, de 4% (Rip II) e 6,7% (Rip III), em comparação ao tempo 0 (p<0,05) após 6 horas de tratamento. Os resultados sugerem as riparinas II e III como promissoras no desenvolvimento de fármacos anticâncer, com efeitos antiangiogênicos robustos e moderada toxicidade. A acessibilidade da síntese e a origem natural dessas substâncias promovem a sustentabilidade no desenvolvimento de novos tratamentos, reforçando o valor das riparinas no contexto farmacológico. Esses achados contribuem para a prospecção de novos fármacos, fortalecendo o interesse por patentes.

Biografia do Autor

Bruna, Universidade Federal de Campina Grande

Possui bacharelado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2011), especialista em Saúde Coletiva pela Faculdade Integrada de Patos (2011), mestre em Farmacologia de Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (2014) e doutora em Biotecnologia - RENORBIO (2018), ambos pela Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência em pesquisa na área de farmacologia celular e molecular, com ênfase na avaliação da atividade citotóxica e anticâncer de moléculas naturais e sintéticas. Atualmente, é Professora Adjunta da Unidade Acadêmica de Saúde e do Programa de Pós-graduação em Ciências da Natureza e Biotecnologia da Universidade Federal de Campina Grande - Campus Cuité.

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Publicado

2025-05-29