EFEITO DO INSETICIDA ACETAMIPRIDO + PIRIPROXIFEM NA SOBREVIVÊNCIA E CAPACIDADE DE VOO DA ABELHA Apis mellifera
Palavras-chave:
Toxicidade, Mortalidade, PolinizadoresResumo
O declínio populacional de Apis mellifera em áreas agrícolas é um problema global
e uma das causas é o contato com inseticidas. Portanto, o objetivo desse trabalho foi
avaliar o efeito do inseticida Acetamiprido + Piriproxifem na sobrevivência e
capacidade de voo de A. mellifera. O experimento foi realizado em laboratório e
subdividido em dois bioensaios correspondentes aos modos de exposição
pulverização direta e ingestão de alimento contaminado. O inseticida foi avaliado em
três doses comerciais: 150 mL/ha (0,15 g i.a. L-1 de Acetamiprido + 0,075 g i.a.L-1 de
Piriproxifem), 200 mL/ha (0,20 g i.a. L-1 deAcetamiprido + 0,10 g i.a. L-1de Piriproxifem)
e 300 mL/ha (0,30 g i.a. L-1 de Acetamiprido + 0,15 g i.a. L-1 de Piriproxifem). Foram
avaliadas a mortalidade e distúrbios motores durante um período de 24 horas após o
início da exposição. Para as abelhas que sobreviveram após 24 horas, também foi
avaliada a capacidade de voo. Via pulverização direta, Acetamiprido + Piriproxifem
provocou a morte de 76,2%, 80,0% e 76,0% das abelhas da menor para maior dose,
respectivamente, e prejudicou a mobilidade e capacidade de voo dos insetos. Após a
ingestão de alimento contaminado, o inseticida provocou a morte de 10,8%, 10,6% e
37,3% das abelhas da menor para maior dose, respectivamente, e não prejudicou a
capacidade de voo. Independente da dose, Acetamiprido + Piriproxifem pulverizado
diretamente sobre as abelhas foi altamente tóxico e via ingestão foi pouco tóxico nas
duas menores doses e moderadamente tóxico na maior dose avaliada.