ESTRESSE OCUPACIONAL E DIMENSÕES DA SÍNDROME DE BURNOUT COMO PREDITORES DE DESMOTIVAÇÃO LABORAL EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PÓS PANDEMIA COVID-19
Resumo
A resposta a fatores estressores prolongados no ambiente de trabalho pode culminar na síndrome do Burnout, especialmente no caso dos profissionais de saúde em ambiente de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), após uma pandemia como a da COVID-19. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo geral identificar aspectos do trabalho da equipe de profissionais da saúde contributivos para a ocorrência da Síndrome de Burnout nas UTIs pós COVID-19 no HUAC. A pesquisa foi caracterizada como descritiva-exploratória e transversal, com abordagem quali-quantitativa. A amostra foi composta de 29 profissionais da saúde que trabalham em UTIs há pelo menos seis meses. Três instrumentos foram utilizados: adaptação do instrumento Copenhagen Burnout Inventory (CBI), adaptação do QSG-12, questões abertas sobre as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e a Ficha Sociodemográfica. Os resultados apresentaram que para os profissionais de saúde da UTI prevalecem os desafios da alta demanda de trabalho e do enfrentamento da finitude, o que pode impactar negativamente seu bem-estar e desempenho laboral, mas também que eles adotam uma variedade de estratégias para lidar com esses desafios, como cuidados com a saúde emocional. Este estudo contribui destacando a necessidade de um fortalecimento da percepção de suporte social (suporte emocional, informacional e instrumental) e organizacional para com estes profissionais que atuam em UTIs.