Avaliação de risco de fratura em pacientes com mais de 60 anos atendidos em hospital de referência no interior do Nordeste
Palavras-chave:
risco de fraturas, osteoporose, fatores de risco, idosoResumo
O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil epidemiológico do risco de fraturas de pessoas acima de 60 anos atendidos no hospital universitário em Campina Grande, Paraíba. Tratou-se de um estudo observacional, descritivo e prospectivo, sendo obtida uma população amostral de 200 participantes, com 60 anos de idade ou mais, que se encontravam nos corredores, em espera para atendimento no setor de ambulatórios e que preencheram os critérios de elegibilidade. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado sobre fatores de risco de fraturas e dados sociodemográficos. Na sequência, utilizou-se a ferramenta Fracture Risck Assement Tool (FRAX) para estimar o risco de fraturas em 10 anos em baixo, intermediário ou alto, sendo feito o seguimento adequado dos indivíduos com risco aumentado. A análise dos dados revelou que os participantes possuíam média de idade de 69,3±6,23 anos sendo a maioria mulheres e mais de dois terços dos entrevistados foram classificados com alto risco e risco intermediário de fraturas em 10 anos, sendo que mais da metade deles foram classificados como risco intermediário e necessitavam da densitometria óssea para estabelecer tratamento adequado. Além disso, menores índices de massa corporal (IMC) e uma média de idade mais elevada predominavam no grupo com maior risco para fraturas. Fatores como fraturas prévias, diabetes e histórico familiar também tiveram um impacto significativo na estratificação de risco. Conclui-se que a triagem para estratificação de risco, além de simples e acessível, é necessária para tratamento e acompanhamento precoces no intuito de evitar fraturas e melhorar qualidade de vida.