POLÍMERO HIDRORETENTOR COMO ATENUADOR DO DÉFICIT HÍDRICO NA PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO DE FIBRA COLORIDA

Resumo

A escassez de água no Nordeste brasileiro compromete a produtividade agrícola, especialmente do algodoeiro. Assim, pesquisas buscam aumentar a tolerância das plantas à seca no semiárido, destacando-se o uso de polímeros hidroretentores para aumentar a permanência da água no solo. Objetivou-se avaliar o efeito de doses de um polímero hidroretentor nos aspectos morfofisiológicos e de produção de cultivares de algodoeiro submetidos ao déficit hídrico. As plantas foram conduzidas em lisímetros em casa-de-vegetação, pertencente à Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Campina Grande, PB. Os tratamentos foram distribuídos em delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 2 × 5 × 3, sendo duas lâminas de irrigação (100 e 40% da necessidade hídrica) e cinco concentrações de doses de um polímero hidroretentor (0,0; 1,5; 3,5; 5,0 e 6,5 g dm3 de solo) e três cultivares de algodão de fibra colorida (‘BRS Rubi’, ‘BRS Jade’ e ‘BRS Verde’) com três repetições e uma planta por parcela. A irrigação com 40% da necessidade hídrica reduziu o diâmetro do caule, altura das plantas, área foliar, peso e massa dos capulhos, além de aumentar o extravasamento de eletrólitos, concentração interna de CO2 e a transpiração de cultivares de algodoeiro. O uso do polímero hidroretentor em diferentes doses melhorou o desempenho do algodoeiro sob déficit hídrico, reduzindo o extravasamento de eletrólitos e aumentando a eficiência no uso da água. As cultivares 'BRS Jade', 'BRS Verde' e 'BRS Rubi' foram beneficiadas com melhorias na transpiração, área foliar e produção de capulhos.