O voto e a vacina: influência do espectro político na morbimortalidade de doenças imunopreveníveis no Brasil

Autores

  • Tamara da Silva Almeida Universidade Federal de Campina Grande
  • Rodrigo Pinheiro Fernandes de Queiroga Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

controle de doenças transmissíveis, fatores políticos, prevenção primária

Resumo

Objetivo: Analisar a relação entre o perfil do eleitorado brasileiro e o impacto na morbimortalidade de doenças imunopreveníveis. Método: Trata-se de um estudo ecológico realizado no Brasil entre os anos 2019 a 2023. Foram calculados os coeficientes de incidência e de mortalidade geral e infantil, com dados extraídos do SINAN, SIM, SINASC e IBGE. Os municípios foram divididos entre esquerda e direita, considerando o percentual de votos em cada candidato no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, com dados obtidos no TSE. As diferenças observadas nos coeficientes de incidência e mortalidade entre os municípios foram testados com a utilização do teste de Mann-Whitney. Os testes foram realizados considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Os municípios de direita registraram menor declínio ou maior aumento nas taxas de incidência e mortalidade geral para a maioria das doenças imunopreveníveis com diferenças estatisticamente significativas. Nos achados referentes a mortalidade infantil, apesar de apresentarem uma maior taxa média, os municípios de esquerda registraram uma queda desse inidicador no período estudado, enquanto os municípios de direita apresentaram um aumento. Conclusão: Municípios de direita, possivelmente, foram mais influenciados pela hesitação vacinal, o que pode ter gerado um maior impacto na morbimortalidade de doenças imunopreveníveis.

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Publicado

2025-06-10