OBTENÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE MICROPARTÍCULAS DE ÁCIDO ESTEÁRICO CONTENDO URÉIA, ENRIQUECIDA OU NÃO COM ENXOFRE

Autores

  • Maria Paula Gomes da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Leilson Rocha Bezerra UFCG/CSTR

Palavras-chave:

nitrogênio não proteico, microencapsulação, secagem

Resumo

A ureia é uma fonte de nitrogênio não proteico usado na dieta de ruminantes. No entanto, a transformação da ureia no rúmen é muito rápida podendo causar intoxicação. Foi realizado um delineamento inteiramente ao acaso em um esquema fatorial 2 x 2, sendo desenvolvidas microesferas de ureia encapsuladas em uma matriz de ácido esteárico na proporção de 2:1. Foram produzidos quatro tipos de microesferas: EST (seco em estufa, sem enxofre), ESTS (seco em estufa, com enxofre), LIO (liofilizado, sem enxofre) e LIOS (liofilizado, com enxofre). Os rendimentos de microencapsulação dos materiais variaram de 88,5% a 89,3%, e a eficiência de encapsulação ficou entre 95% e 98% de todos os materiais, independentemente do método de secagem ou da presença de enxofre. As amostras com enxofre apresentaram maior teor de umidade (média de 3,15%) em comparação aos materiais sem enxofre (média variando 1,02% e 1,24%). A atividade de água foi similar entre os tratamentos, indicando boa estabilidade microbiológica. Nas análises termogravimétricas (TG), as microesferas com enxofre apresentaram menores temperaturas de degradação, sugerindo que o enxofre reduz a proteção da ureia. Na análise por calorimetria diferencial (DSC) o sistema LIO apresentou melhor proteção. Imagens de microscopia eletrônica de varredura mostraram que LIO apresentou uma superfície mais íntegra que os outros tratamentos. A microencapsulação com ácido esteárico mostrou-se uma alternativa promissora para proteger a ureia, podendo controlar sua liberação e otimizar seu uso na alimentação de ruminantes. O uso de enxofre aumentou a umidade do material e reduziu a eficiência do encapsulado, não sendo recomendado.   

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Publicado

2025-06-10