ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA TUBERCULOSE EM CAMPINA GRANDE

UMA ABORDAGEM PARA MAPEAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES

Autores

  • Giulia Di Credico Paranhos Universidade Federal de Campina Grande
  • Dra. Patrícia Spara Gadelha Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

Tuberculose, Distribuição espacial, Campina Grande

Resumo

Introdução: O enfrentamento da tuberculose (TB) permanece como um significativo desafio de saúde pública no Brasil, especialmente após os impactos adversos da pandemia da Covid-19. Em 2021, aproximadamente 1,6 milhão de mortes foram registradas globalmente, e 10,6 milhões de pessoas adoeceram, representando um aumento de 4,5% em relação a 2020. Objetivo: Investigar a distribuição espacial da tuberculose na cidade de Campina Grande, Paraíba, utilizando uma abordagem baseada em mapeamento e identificação de padrões. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa observacional, descritiva e analítica, com abordagem quanti-qualitativa, utilizando dados de 100 prontuários de pacientes diagnosticados com TB entre 2019 e 2024, dos quais 47 eram residentes em Campina Grande. A análise foi conduzida com auxílio do software SPSS para análise descritiva e do Google Maps para georreferenciamento, utilizando variáveis como sexo, idade, zona de residência, escolaridade e tipo de TB. Resultados: A análise revelou uma distribuição desigual da TB na cidade, com uma concentração significativa de casos nas áreas periféricas, especialmente na Zona Sul, onde 38,3% dos casos foram registrados. Os bairros Malvinas, Serrotão, Bodocongó, Cruzeiro e José Pinheiro apresentaram as maiores taxas de incidência, refletindo a relação entre vulnerabilidade social e a prevalência da TB. Conclusão: Os resultados indicam que fatores socioeconômicos e demográficos, como baixo nível de escolaridade e comorbidades, estão associados à distribuição da TB. A análise espacial é essencial para embasar políticas de saúde pública mais eficazes no controle da doença.

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Publicado

2025-05-23