APRIMORAMENTO DO GRAU DE ENXERTIA DE ANIDRIDO MALEICO NO TERPOLÍMERO ABS POR MEIO DA INCORPORAÇÃO DO CATALISADOR Sn(OCT)2
Palavras-chave:
Anidrido maleico, ABS, Funcionalização, Sn(Oct)2Resumo
Neste trabalho, o terpolímero acrilonitrila‑butadieno‑estireno (ABS) foi funcionalizado com anidrido maleico (MA), utilizando o peróxido de dicumila (DCP) como iniciador e o 2-etil-hexanoato de estanho (II) (Sn(Oct)2) como catalisador. A composição ABS/MA/DCP foi mantida em 100% em massa/8 pcr (partes por cem de resina)/0,5 pcr, variando de 1 até 5 pcr o teor de Sn(Oct)2. O processamento foi realizado em um misturador interno de laboratório e, posteriormente, o material foi purificado para remoção de anidrido maleico que não reagiu. A eficiência da enxertia de anidrido maleico no ABS foi avaliada por meio de espectroscopia na região do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), ressonância magnética nuclear (RMN), titulação, ângulo de contato, termogravimetria (TG), índice de fluidez (MFI) e viscosidade complexa. Os resultados demonstram que, até 1 pcr de Sn(Oct)2 no composto ABS/MA/DCP, otimizou significativamente o processo de enxertia de anidrido maleico, com 4,71%. Por FTIR, observou-se o surgimento de uma nova banda em 1780 cm-1, devido ao grupo anidrido maleico. O espectro de 1H RMN confirmou o enxerto do grupo MA na cadeia do ABS, com o novo sinal na faixa de 3,6 – 3,8 ppm. A incorporação do MA na cadeia do ABS promoveu uma redução do ângulo de contato, sugerindo uma superfície mais hidrofílica. A termogravimetria demonstrou uma leve redução na estabilidade térmica do composto ABS/MA/DCP/ Sn(Oct)2 (1 pcr) em relação ao ABS puro. Os testes de reologia revelaram um aumento da viscosidade, em consequência do efeito competitivo entre enxertia de MA e reticulação. Os resultados são importantes para a tecnologia aditiva de polímeros, tendo em vista que o catalisador Sn(Oct)2 tem potencial tecnológico para aprimorar o grau de funcionalização do ABS com anidrido maleico.
