OS PROFISSIONAIS ATUANTES NA ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E ATENÇÃO À OBESIDADE INFANTIL EM SOSSEGO, CUBATI E SÃO VICENTE DO SERIDÓ, NA PARAÍBA.

Autores

  • Arley Daniel Lima Santos UFCG
  • Deborah Dornellas Ramos UFCG
Palavras-chave: Atenção primária, Alimentação e nutrição, Preconceito de peso, Obesidade, Excesso de peso

Resumo

No ano de 2021, foi criada a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA) instituída na Portaria GM/MS no 1.862, de 10 de agosto de 2021, por iniciativa da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, com o intuito de incentivar as ações voltadas a atenção e prevenção da obesidade infantil em todo território nacional. Os municípios participantes apresentaram altas prevalências de obesidade, especialmente a infantil, segundo dados do SISVAN. Seis dessas cidades estão na Quarta Região de Saúde da Paraíba, este trabalho versa sobre seis desses municípios, sendo Sossego, São Vicente do Seridó e Cubati, na Paraíba, região nordeste do Brasil. Se trata de uma pesquisa quantitativa para descrever o perfil e percepções dos profissionais sobre o PROTEJA, incluindo a avaliação das Atitudes Anti-Obesidade (AFAT). Contatos virtuais foram feitos para envio do questionário estruturado e o TCLE. A amostra foi intencional com profissionais ligados ao PROTEJA. Este trabalho trata-se de um recorte de um projeto maior intitulado Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA) nos municípios da Quarta Região de Saúde da Paraíba aprovado em Comitê de Ética. Foram 85 profissionais da saúde respondentes, destes 78,8% de profissionais do sexo feminino e 20% do sexo masculino; 24,7% de Cubati, 29,4% de São Vicente do Seridó e 45,9% do município de Sossego. Sendo, agente comunitário de saúde (32,9%); enfermeiro (a) (16,5%); técnico em enfermagem (10,6%); coordenador de saúde (4,7%); dentista (4,7%). nutricionista (3,5%); agente comunitário de endemia (3,5%) e assistente social (3,5%). Apenas 17,6% (n=15) atua no município a um ano ou menos. A maioria das ações de alimentação, nutrição e saúde ocorreram com frequência acima de 81%, destacando-se as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional, educação e comunicação, e articulações intersetoriais, com percentuais acima de 86%. As ações foram realizadas cerca de 3 vezes em quase metade das propostas, com aproximadamente 20% sendo executadas 4 ou mais vezes ao ano. Menos de 1⁄4 dos preparados afirmaram que as propostas ocorreram apenas uma vez ao ano. Essas ações são comuns na atenção básica, realizadas pelas equipes do Saúde na Família nas unidades de saúde e fazem parte dos eixos da estratégia PROTEJA. A participação direta dos profissionais foi acima de 45%. A maioria avaliou as ações como "muito pouco" ou "pouco", com percentual acima de 79%. Em relação à AFAT, Sossego teve como maiores médias na geral e nas subescalas de "não atratividade física e romântica" e "controle de peso e culpa". O município de Cubati obteve a maior pontuação na subescala de "depreciação social e do caráter", enquanto São Vicente teve as menores médias em toda a escala. Os dados foram apresentados aos gestores locais dos municípios envolvidos.

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Publicado em

setembro 26, 2024

Seção

Resumos