Caracterização morfológica e fisiológica da semente de Passiflora cincinnata “cerro corá” em diferentes épocas de colheita
Resumo
Objetivou-se com esse trabalho avaliar o crescimento inicial e a presença de pigmentos em plântulas de sementes de P. Cincinnata colhidas em diferentes épocas e cultivada em sistema de cultivo irrigado e em sequeiro. O experimento será conduzido em condição de casa-de-vegetação, nas dependências do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus de Pombal-PB. Aplicou-se delineamento experimental em blocos casualizados com esquema fatorial 2 x 3, referente a dois sistemas de cultivo (irrigado e sequeiro) e três épocas de colheita (65, 80 e 95 dias após a antese - DAA), a partir de um pomar em seu 2º ciclo agrícola de cultivo, do acesso cultivado por pequenos produtores na cidade de Cerro Corá-RN, composto por 5 repetições. Após a coleta, o material foi encaminhado para para as análises no Laboratório de Análises de Alimentos e Química e Bioquímica de Alimentos do CCTA. Os parâmetros analisados foram emergência, índice de velocidade de emergência, tempo médio de emergência, número de folhas, comprimento da raiz, comprimento da parte aérea, massa seca da raiz, massa seca da parte aérea, massa seca de plântula, clorofila e carotenoides. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e quando teve efeito significativo (teste F), aplicou-se o teste de Tukey (p≤0,05). O sistema irrigado mostrou plântulas maiores aos 65 e 90 DAA, indicando que a colheita pode ser antecipada nessas condições. No sistema sequeiro, as sementes colhidas aos 80 DAA apresentaram melhor desempenho. O sistema de cultivo e a época de colheita impactam a qualidade das sementes de maracujazeiro-do-mato, no entanto em cultivo irrigado, a colheita deve ser feita aos 65 DAA, enquanto no sequeiro, o melhor desempenho ocorre aos 80 DAA, apresentando adaptações ao estresse hídrico.