AVALIAÇÃO DA AUTOCURA DE MISTURAS ASFÁLTICAS COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE ÁCIDO GRAXO DA BORRA DE ÓLEO DE SOJA
Resumo
O surgimento de microfissuras e macrofissuras nos pavimentos asfálticos
podem se dar devido a fatores adversos como o carregamento do tráfego, variações
térmicas e radiação ultravioleta, que acarretam no envelhecimento do ligante asfáltico.
Algumas misturas asfálticas podem ter a característica de serem auto-curáveis sob
condições ambientais adequadas, contudo, faz-se necessário aumentar a capacidade
de cura de misturas asfálticas com o intuito de diminuir a interrupção do tráfego, custos
com manutenção e prolongar a vida útil do pavimento. Essa pesquisa teve como
objetivo avaliar a capacidade da autocura de materiais asfálticos com adição de fbras
de ácido graxo da borra do óleo de soja. Sendo composta por cinco etapas:
caracterização dos materiais (agregados, CAP 50/70 e ácido graxo), obtenção das
fibras de ácido graxo da borra de óleo de soja, dosagem dos corpos de prova de
mistura asfáltica com e sem fibras, medição das propriedades mecânicas dos corpos
de prova com e sem fibras e medição da autocura no ligante asfáltico. Os resultados
indicaram que a adição de 5% de fibras na proporção de 1:2 entre
alginato/rejuvenescedor no ligante de referência contribuiu para o aumento da
resistência às deformações permanentes, especialmente para o nível de tensão de
0,1kPa. No ensaio de LAS a amostra modificada pelas fibras, evidenciou maiores
valores de integridade com o acúmulo de danos em relação a amostra do ligante puro,
indicando menor suscetibilidade à fadiga. Observou-se também, através do ensaio de
F-C-F que a amostra de ligante modificada pelas fibras evidenciou um aumento de
cura de aproximadamente 25% em relação a amostra de ligante asfáltico de
referência. Quanto a avaliação da resistência mecânica das misturas asfálticas, foi
percebido que todos os ensaios obtiveram resultados de acordo com as normas
virgentes.
Palavras-chave: misturas asfálticas, autocura, ácido graxo.