AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E MARCADORES DE CONSUMO ENTRE ESCOLARES

Autores

  • Kaio César de Faria Araújo UFCG. CES. Cuité. Curso de Nutrição
  • Gracielle Malheiro Dos Santos UFCG/CES

Palavras-chave:

Escolares, Avaliação Nutricional, Consumo alimentar

Resumo

A Estratégia Nacional para Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil PROTEJA foi instituída em agosto de 2021 pelo Ministério da Saúde, com o intuito de apoiar e assegurar mudanças e intervenções que visam o controle do avanço da obesidade infantil. Este trabalho objetiva-se Avaliar os indicadores antropométricos e os marcadores de consumo alimentar de crianças e adolescentes participantes da Estratégia Nacional para o PROTEJA no ano de 2023, em Cuité, Paraíba. Trata-se de uma pesquisa documental, com dados quantitativos e abordagem transversal. A amostra foi intencional, foram avaliados dados antropométricos de 1769 crianças e adolescentes de 05 a 19 anos e 1593 responderam os marcadores de consumo alimentar, sendo 330 menores/iguais a cinco anos e 1439 eram maiores de cinco anos. Sendo, sendo < 2 anos igual a 33 crianças; dois a cinco anos = 296;  cinco a dez anos = 866; de 15,01 a 20 anos (N=572). Com relação às crianças menores de cinco anos, verificou-se que a maioria era do sexo masculino (50,16%), com peso adequado para a idade (90,85%), estatura adequada para a idade (82,72%) e eutróficas (68,32). Consecutivamente, o peso elevado para a idade (5,19%) e o risco de sobrepeso (19,25%) seguem como maiores valores observados, concluindo com números inferiores os dados relativos a baixo peso para a idade (3,05%), baixa estatura para a idade (8,33%), obesidade (4,04%) e sobrepeso (7,77%).  As crianças maiores de cinco anos avaliadas apresentaram superioridade para o sexo masculino (50,35%), peso adequado para a idade (88,22%), estatura adequada para a idade (97,0%) e eutrofia (73,0%). Subsequentemente, verificou-se as prevalências de excesso, como peso elevado para a idade (10%), sobrepeso (15,10%), obesidade (8,90%) e obesidade grave (2,0%). Já em relação aos resultados de déficits acentuados, observou-se que apenas 0,18% apresentaram muito baixo peso para a idade, 1,60% baixo peso para a idade, 0,50% muito baixa estatura para a idade, 2,50% baixa estatura para a idade, 0,50% magreza acentuada e 0,50% apontou magreza. Além disso, foram analisados os marcadores de consumo alimentar de acordo com a avaliação do questionário de consumo alimentar, em que a amostra contou com 1566 estudantes que participaram da coleta de dados. Verificou-se que há um consumo satisfatório de alimentos considerados saudáveis, como o feijão (82%) e frutas (66%). Por outro lado, percebeu-se a baixa ingestão do grupo de verduras e legumes, corroborado pelo fato de o consumo de alimentos ultraprocessados, como bebidas adoçadas (60%) e biscoitos recheados, doces ou guloseimas (52%) está equivalente ao consumo de verduras e legumes (51%), seguidos por 51% da amostra total que revelou o consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e 39% que relatou o consumo de hambúrguer e/ou embutidos. Na pesquisa os escolares não apresentaram percentuais elevados exibindo peso adequado em sua maioria, no entanto, considera-se importante o número de escolares com excesso de peso. É fundamental que sejam realizadas as ações de diagnóstico e intervenções do PROTEJA, além do fortalecimento da Atenção Primária e de instituições e programas como o PNAE, que tenham foco na  obesidade e em todas as questões relacionadas à alimentação e nutrição da população.

Biografia do Autor

Kaio César de Faria Araújo, UFCG. CES. Cuité. Curso de Nutrição

Possui ensino-medio-segundo-grau pelo Centro Educacional Integrado do Seridó(2015). Tem experiência na área de Nutrição.

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Publicado

2025-05-27