ENTRE A HONRA MASCULINA E A ACEITAÇÃO DA FRAGILIDADE: IMPACTOS DA MASCULINIDADE HEGEMÔNICA NO DESENVOLVIMENTO DOS HOMENS
Resumo
Os corpos se constituem tendo como referência uma organização social, cultural cisnormativa estruturada em aspectos biológicos e sociais que determinam o ser masculino e feminino. Nesse sentido, a masculinidade hegemônica, oriunda do patriarcado, pressupõe um modelo idealizado que influencia homens e mulheres, determinando entre outros, como os homens devem pensar e se comportar podendo impactar negativamente socialização dos homens submetidos a padrões socialmente impostos de comportamento, os quais podem levar ao sofrimento psíquico, tanto do indivíduo que compartilha desses padrões como daqueles que o rodeiam em seu convívio social. Considerando a importância dessa problemática, este estudo tem como objetivo investigar e compreender os impactos da masculinidade hegemônica no desenvolvimento psicossocial dos homens brasileiros. Trata-se de uma abordagem quali-quantitativa, de cunho descritivo e exploratório, ancorada na Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson a qual compreende o ser humano como um ser social que tem vivências grupais, sofrendo pressão e influência do grupo de pertença. Para a recolha dos dados utilizar-se-á um questionário online destinado a homens brasileiros (incluindo homens transgêneros) com idade entre 18 e 50 anos, de qualquer orientação sexual. O referido instrumento será estruturado em duas partes: a primeira referese a identificação dos dados sociodemográficos e a segunda consiste na utilização da Escala de Concepções da Masculinidade (ECM) adaptada para o contexto brasileiro. A análise dos dados será realizada através da estatística multivariada com a técnica de Análise Fatorial Exploratória utilizando o programa estatístico SPSS para Windows.