ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO DE UM GRUPO DE LESÕES PERIFÉRICAS DE CÉLULAS GIGANTES.
Resumo
A lesão periférica de células gigantes (LPCG) é considerada um processo proliferativo não neoplásico de significativa prevalência na cavidade bucal. O objetivo desta pesquisa foi avaliar qualitativamente e quantitativamente as características histomorfológicas de um grupo de LPCGs, correlacionando-as com os achados clínicos e sociodemográficos dos pacientes. Para o estudo morfológico (histopatológico), foram avaliados os cortes histológicos dos casos selecionados. As células gigantes multinucleadas foram classificadas em tipo 1 ou 2 e a quantificação de células exibindo evidências de fagocitose foram avaliadas em 5 campos consecutivos de maior aumento (400x) para cada caso de LPCG. Em um campo de maior aumento, foram contabilizados os núcleos das células gigantes multinucleadas e estabelecido uma média para cada caso. Áreas de extravasamento hemorrágico e focos de deposição por hemossiderina foram avaliados e registrados de forma qualitativa. Os resultados revelaram que as características sociodemográficas, como idade, sexo e raça, não demonstraram associações estatisticamente significativas com os aspectos histopatológicos das LPCGs. No entanto, observamos correlações significativas entre certos aspectos clínicos das lesões, como o aspecto da lesão e a velocidade de crescimento, com algumas características histopatológicas, como a quantidade de células gigantes e o tipo de células gigantes. Evidências de fagocitose, especialmente em células gigantes do tipo 1, pigmentação por hemossiderina e áreas de extravasamento hemorrágico foram identificados na maior parte da amostra. Os resultados sugerem que a aparência e o crescimento da LPCG no presente estudo podem estar relacionados a características microscópicas específicas.