OS EFEITOS DO ESTRESSE SOBRE A CAPACIDADE PERCEPTIVA DE EXPRESSÕES FACIAIS DE EMOÇÃO EM PROFISSIONAIS DA REDE HOSPITALAR

Autores

  • Ianca Alves de Oliveira Oliveira UFCG
  • Allan Pablo Lameira UFCG
Palavras-chave: Estresse, Expressões faciais, Rede Hospitalar

Resumo

O estudo objetivou avaliar os efeitos do estresse sobre a capacidade perceptiva de expressões faciais de emoção em enfermeiros. Trata-se de um estudo de caráter observacional, transversal, quantitativo. Essa capacidade perceptiva foi investigada através do Teste de Reconhecimento de Expressões Faciais, composto por 2 sessões de 80 faces com um intervalo entre elas, apresentando 2 modelos masculinos e 2 femininos, com as 6 emoções básicas (alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa e nojo). A amostra foi composta por 67 voluntários, sendo enfermeiros e técnicos de enfermagem de setores assistenciais do hospital e o grupo controle de profissionais de setores administrativos. Observou-se que tanto o fator Grupo Experimental (F1,16= 4.262; p<0.005) quanto o fator Emoção (F1,16= 276.919; p<0.001) foram significativos. Também foi possível observar uma interação entre Grupo Experimental e Emoção (F1,16= 2.727; p<0.005). Os TRMs (tempo de reação manual) do grupo Controle (977 ms) foram 143 ms mais rápidos do que os TRMs do grupo Assistencial (1121 ms). A interação entre Grupo Experimental e Emoção mostrou que faces expressando emoções opostas extremas, alegria (98%) e tristeza (88%), apresentaram maior número de acertos em todos os grupos. A diferença entre a acurácia média do controle e dos profissionais do serviço assistencial foi estatisticamente significativa. Portanto, indivíduos que trabalham diretamente com o paciente na prestação de assistência em saúde tiveram uma acurácia menor e um tempo de resposta maior, evidenciando o prejuízo na capacidade de percepção de expressões faciais. Além disso, o tipo de emoção influenciou no desempenho dos grupos.

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Publicado em

junho 28, 2024

Seção

Resumos