Revista Arquitetura e Lugar https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql <p style="text-align: justify;">A revista Arquitetura e Lugar tem como objetivo, resgatar a arquitetura e a sua relação com o lugar no qual, esta é produzida. Tratará de temas voltados à história da arquitetura, da cidade, bem como questões de documentação e conservação do patrimônio arquitetônico em suas diversas manifestações, material e imaterial.</p> <p style="text-align: justify;">Pretende dialogar com a realidade brasileira e internacional, realizando conexões e reflexões sobre os temas tratados.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>e-ISSN</strong>: 2965-291X</p> Editora Universitaria da UFCG pt-BR Revista Arquitetura e Lugar 2965-291X EDITORIAL V.2 N.5 MARÇO DE 2024 https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2308 <p>Apresenta o Expediente e o Editorial desta edição</p> Alcília Afonso © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 PROJETO ARQUITETÔNICO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2306 <p>O Projeto arquitetônico foi desenvolvido para uma professora universitária, Amparo Andrade, amiga de longas datas, e após várias conversas, chegou-se a uma proposta para projetar uma nova residência no mesmo lote de uma outra já existente e de sua propriedade, para abrigar um programa de necessidades adaptado à sua vida pessoal, onde passa temporadas viajando na Europa, especificamente, Portugal, país onde possui sua dupla cidadania.</p> <p>Portanto, é uma casa para uma pessoa solteira, que trabalha o dia todo, e só está em casa à noite e finais de semana, mas que ama a natureza, vivendo em um condomínio ecológico, cultivando plantas, e cuidando de seu jardim, como hobby.&nbsp; Assim, a casa teria que ser prática, fácil de manter, e que preservasse ao máximo as áreas verdes, com recuos que a legislação do condomínio exige.</p> <p>O lugar na qual foi implantada é um terreno plano, medindo 12m x 21m, e a região possui um clima quente úmido, estando em uma área de reserva florestal da Mata Atlântica, possuindo alto índice pluviométrico durante os meses de fevereiro a agosto. Os ventos dominantes são os oriundos do leste, nordeste e sudeste, devendo por isso, ter os cômodos de maior permanência voltados para estas orientações.</p> <p>Adotou-se como metodologia projetual, a forma moderna e seus princípios de abstração formal, limpeza volumétrica, poucos mais significativos materiais, planta modulada e racional, atenção à estrutura, transparências espaciais utilizando-se para tanto, peles de vidro, devidamente protegidas por beirais generosos de 1m que circundam em balanço as fachadas mais expostas às intempéries climáticas.</p> <p>Internamente a casa possui três setores zoneados em área social, com varanda corrida e sala ampla de estar; área de serviço, com cozinha integrada à copa, e lavanderia; a área social possui uma suíte e banheiro de múltiplo uso, que funciona também como lavabo de apoio à área social.</p> <p>Como o lugar é bastante úmido, pela proximidade da reserva ecológica, adotou-se uma implantação elevada a fim de melhorar o conforto climático e, proteger as paredes da casa da umidade ascendente. Dessa maneira, a planta adotou a forma pavilionar e elevada do solo em torno de 60 cm para atender tal condicionante.</p> <p>O sistema construtivo foi em concreto armado, com planta modulada, e paredes em alvenaria de tijolos de oito furos, com cobertura em laje pré-moldada em concreto com lajotas de isopor, e revestimento de telhado com telhas cimentícias de 10 cm de espessura, observando-se atentamente as quedas de água e sistema de drenagens via calhas generosas para dar vazão à quantidade de águas pluviais resultantes das fortes chuvas tropicais.</p> <p>O resultado volumétrico é decorrente das soluções compartilhadas entre a distribuição do programa em planta de desenho laminar, e a adoção da forma moderna como concepção projetual, com volume cubista, limpo e no qual as aberturas foram projetadas de modo a atender as necessidades de ventilação e iluminação de cada ambiente, sem exageros plásticos, e de maneira muito atenta aos condicionantes climáticos.</p> <p>A proprietária está muito satisfeita com os resultados projetuais e construtivos e isso, nos faz constatar a importância de se projetar com critérios e consciência aos condicionantes geográficos e tecnológicos de cada local.</p> Alcília Afonso Ivanilson Pereira © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 102 113 AS INFLUÊNCIAS ACADÊMICAS NA FORMAÇÃO DA ARQUITETA VERA PIRES https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2307 <p>A entrevista desse número foi realizada com a arquiteta paraibana, Vera Pires Viana, nascida em 1947, na cidade de Sousa, Paraíba, graduada em 1971, pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE.&nbsp; Descendente de uma família de fazendeiros admite ter vivências (Veloso, 2021, p.183), que lhe marcam até hoje, tais como:</p> <p><em>...a permanência e o convívio social nas varandas, os espaços amplos e arejados, a convivência com os moradores, o contato com a natureza, as casinhas com pessoas nas varandas no caminho da fazenda, o valor da ventilação cruzada, a mesa farta com produtos da terra, assombradas árvores, o barulho da chuva nos telhados e o cheiro da terra molhada (Pires, V. em Veloso, 2021, p.183).</em></p> <p>Nossa conversa enfocou as influências sofridas em sua formação acadêmica e profissional, como egressa do curso de arquitetura e urbanismo, da UFPE, nos anos 70, onde foi aluna de arquitetos e professores que a influenciaram em sua trajetória como profissional liberal e sempre, muito atuante no mercado, desde a década de 70, até os dias atuais.</p> <p>Como estudante, estagiou no Escritório Borsoi Arquitetos Associados, tornando-se arquiteta colaboradora entre os anos de 1975 e 1979. Ali, trabalhou diretamente ligada à equipe de Janete Costa, juntamente com as arquitetas Carmen Mayrinck (Recife-PE, 1947), Clara Calábria (Catende- PE, 1944–) e Liza Stacishin (Recife-PE, 1946–), que paralelamente ao trabalho desenvolvido junto ao casal Acácio Gil Borsoi e Janete, decidiram em 1972, criarem o Escritório Arquitetura 4, que funcionou até o ano de 1997.</p> <p><em>O Arquitetura 4 foi o primeiro escritório de Pernambuco formado exclusivamente&nbsp;&nbsp;&nbsp; por&nbsp;&nbsp;&nbsp; mulheres,&nbsp; com&nbsp; ampla&nbsp; produção&nbsp; reconhecida&nbsp; durante&nbsp; seus&nbsp; 25 anos&nbsp; de&nbsp; existência, abarcando&nbsp; desde&nbsp; arquitetura&nbsp; residencial&nbsp; (mais&nbsp; de&nbsp; uma&nbsp; centena&nbsp; de&nbsp; projetos&nbsp; e&nbsp; obras&nbsp; de&nbsp; casas&nbsp; construídas em vários Estados do Brasil), até edifícios residenciais, hotéis, hospitais, agências do Banco do Brasil e da Caixa&nbsp; Econômica&nbsp; Federal&nbsp; construídas em&nbsp; diversas&nbsp; cidades do&nbsp; Nordeste,&nbsp; e&nbsp; o&nbsp; edifício&nbsp; sede&nbsp; da&nbsp; Caixa Econômica Federal em Recife (atual Tribunal de Justiça Federal) (Veloso, 2021, p.180).</em></p> <p>Sobre a trajetória da arquiteta Vera Pires, a arquiteta Marília Brito Muniz realizou dois trabalhos de importância, seu trabalho de conclusão de curso (Muniz, 2009), e sua dissertação de mestrado Muniz, (2012), que poderão ser consultados por aqueles que desejarem se aprofundar na obra de Vera.</p> <p>Em pesquisa sobre o trabalho de arquitetas nordestinas, a professora Maisa Veloso realizou uma entrevista com Vera Pires (Veloso, 2021) sobre sua produção arquitetônica, sendo uma importante referência bibliográfica sobre o tema, além também, de um&nbsp; artigo publicado por Naslavsky <em>et al</em> (2021) que teve com o objetivo, investigar, sob a perspectiva de gênero, as estratégias de fixação no mercado de trabalho das arquitetas formadas no Curso de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Recife (FAUR) nos anos 70, integrantes de dois escritórios de arquitetura distintos o ArqGrupo e o Arquitetura 4.</p> <p>Vera Pires, segundo seu currículo (Pires, 2024), foi sócia titular do Escritório Arquitetura 4 entre 1972 e 1997; Arquiteta colaboradora do Escritório Borsoi Arquitetos Associados entre 1975 e 1979, e a partir de 1998, sócia titular do Escritório Vera Pires Roberto e Ghione Arquitetos Associados/ VPRG.</p> <p>Possui obras publicadas e entrevistas em meios nacionais e internacionais, sendo algumas premiadas em eventos nacionais e internacionais. Como produção do escritório Arquitetura 4, destaca-se o Prêmio UIA do concurso internacional das pessoas sem teto, Brighton, UK, 1988. Como VPRG, destaque para Prêmios IAB PB 2009, 2013 – Prêmios IAB PE 2</p> <p>&nbsp;</p> Alcília Afonso © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 1 8 EL BOCETO Y LA SÍNTESIS https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2265 <p>El artículo presenta un boceto realizado por el arquitecto Rodolfo López Rey durante una entrevista mientras explica las principales decisiones que determinaron el proyecto de una de sus viviendas unifamiliares. Dicho boceto, no solo sintetiza los valores proyectuales que marcaron la primera etapa de su obra, sino que da cuenta del rol que el dibujo a mano ocupaba en el proceso de diseño de los arquitectos representantes de la modernidad latinoamericana. El análisis se complementa con una breve revisión de bibliografía que tiene como finalidad argumentar la importancia de esta práctica en los procesos de diseño y plantear posibles dificultades vinculadas al declive en la habilidad para dibujar en el desempeño de los profesionales del ámbito.</p> Cecilia Machin © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 09 20 CASA ANÍSIO BRITO https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2259 <p>O presente artigo objetiva documentar a manifestação arquitetônica do Art Déco em Teresina, através da análise de um dos edifícios públicos mais significativos do movimento na capital piauiense, hoje sede do Arquivo Público do Estado do Piauí: a Casa Anísio Brito. Datado do início do século XIX, o edifício, que anteriormente passou por outros usos, possui uma função por demais significativa para o estado que é abrigar seu maior acervo documental. Em razão disto, as pesquisas tiveram no próprio acervo da casa, bem como no estudo da edificação suas principais fonte de dados. A pesquisa busca contribuir com a preservação do patrimônio arquitetônico teresinense, bem como para a formação do conhecimento acerca da história da arquitetura na cidade através do registro e documentação de edificação de relevância histórico-cultural para a capital piauiense.</p> Betania Furtado Camilla Brito © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 21 31 DO COLONIAL AO MODERNO https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2191 <p>Este trabalho aprofunda-se na influência da arquitetura colonial brasileira na paisagem arquitetônica pernambucana, cujas raízes remontam às casas dos colonizadores portugueses. A interação entre fatores como identidade cultural, conhecimento histórico, construtivo e socioeconômico destaca a importância dessa arquitetura no contexto local. A transição para a arquitetura moderna, iniciada no século XX, marca uma transformação notável, priorizando funções sociais e formas simplificadas. Embora autores reconhecidos tenham abordado a arquitetura moderna pernambucana, a identificação desta como expressão identitária ainda enfrenta desafios. A pesquisa analisa as relações entre as duas arquiteturas, enfatizando a evolução estética e funcional, com foco em aspectos bioclimáticos e tropicais. Destaca-se o conforto na arquitetura moderna pernambucana, adaptando técnicas construtivas e projetuais. A pesquisa visa contribuir para a conscientização da identidade local, promovendo o uso de conceitos adaptados aos condicionantes regionais, culminando na busca por uma reinterpretação da arquitetura colonial na arquitetura moderna, especialmente nas características das casas-grandes dos engenhos.</p> Theresa Rêgo Liliana Adrião © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 32 44 RESÍDUOS, RECICLAGEM E SUSTENTABILIDADE NO ESPAÇO URBANO https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2205 <p>O trabalho apresenta o processo de planejamento, desenvolvimento e resultados obtidos pela experiência prática vivida durante a oficina “Resíduos, Reciclagem e Sustentabilidade no Espaço Urbano”, executada durante o VI Simpósio Internacional Urbicentros. O objetivo geral é revelar a importância da sustentabilidade no espaço urbano por meio do reuso de materiais recicláveis como garrafas PET, e também, evidenciar, o interesse no aproveitamento desses insumos para a criação de equipamentos urbanos que beneficiem a comunidade no espaço urbano. As primeiras etapas de trabalho da equipe consiste em elaboração de propostas de mobiliários, levantamento, e preparação de materiais. A oficina durou cerca de dois dias e foi dividida em dois momentos: apresentação teórica acerca da temática de resíduos, reciclagem e sustentabilidade no espaço urbano, e montagem dos mobiliários. Ao final, ocorreu um momento de congraçamento, troca de vivências, coleta dos relatos dos participantes e registro fotográfico.</p> Cláudia Ruberg Ana Lima Joyce Silva Fabiana Santos Alexia Ferreira © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 45 55 A PRODUÇÃO DESIGUAL DO ESPAÇO URBANO COMO FATOR NA FORMAÇÃO DAS DIFERENTES PAISAGENS https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2262 <p>A paisagem é tudo aquilo que nossa visão alcança, podendo ser natural ou cultural, dependendo da modificação que os seres humanos fizeram nela, este artigo evidencia a relação da paisagem com o contexto do local no qual está inserido, seja pelas desigualdades, infraestruturas, políticas públicas ou a falta delas. Será discutido dois bairros diferentes, um localizado em Salvador o Bairro de Pernambués que se encontra em uma área central e muito valorizada e a Favela do Vidigal na cidade do Rio de Janeiro, onde possui uma localização privilegiada em uma área de grande valorização.&nbsp; Os locais se diferem, mas possuem semelhanças na relação de como investimentos e valorização impactam a construção de um espaço urbano. Sendo assim, diante das observações de campo, tornou-se evidente, como o investimento e o não investimento público e privado, em determinadas, localidades produzem diferentes tipos de paisagens. Nesse trabalho usamos como escala bairros de diferentes cidades brasileiras para analisar o contraste paisagístico que se formou nesses lugares por causa dos diferentes interesses dos agentes sociais na produção do espaço urbano.</p> <p>&nbsp;</p> Thayna Furtunato Mariana Santana © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 56 63 APROPRIAÇÕES, OCUPAÇÕES E RESISTÊNCIAS NO ESPAÇO PÚBLICO https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2213 <p>O debate acerca do espaço público no contexto contemporâneo ressalta diversos conflitos referentes à produção da cidade, desde a produção das leis, a conformação morfológica, a apropriação pelos praticantes e usuários do espaço. Propomos nesta pesquisa, analisar e compreender as transformações nas dinâmicas socioespaciais vinculadas aos espaços públicos no centro histórico da cidade de Uberaba, MG, como elemento de valor. Ao adotarmos o ponto de vista rizomático (Deleuze e Guattari, 1995) para cartografar a realidade, procuramos entender como a dinâmica dos fluxos, trajetos e encontros que vendedores ambulantes traçam em seus caminhos até o centro e constroem relações com o patrimônio cultural material da cidade. Buscamos, portanto, debater as relações imateriais e simbólicas que perpassam os usos e apropriações dos espaços públicos no centro de Uberaba. Esses vendedores, apropriam do espaço público, criando territórios, ressignificando usos, e consumindo a área mediante seus desejos.</p> Camila Ferreira Guimarães Thiago Reis dos Santos Sophia Mariá Durão Juliani © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 64 72 ANAMNESE DO PAÇO DOS AÇORIANOS DE PORTO ALEGRE https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2261 <p>O Paço dos Açorianos, em Porto Alegre, é uma edificação considerada como um marco histórico crucial para o ecletismo no Estado do Rio Grande do Sul. Sua preservação é vital para manter a identidade e a memória da cidade. A documentação de imóveis tombados são fundamentais para proteger e manter a integridade desses bens culturais. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é realizar uma anamnese do edifício por meio da metodologia de análise das sete dimensões do objeto arquitetônico, visando seu amplo e detalhado conhecimento. O trabalho faz parte da pesquisa de doutorado, que tem como foco principal investigar a viabilidade de meios para a conservação dos bens integrados à edificação, ressaltando sua importância histórica e cultural.</p> Arthur Thiago Medeiros Fabio Pinto da Silva © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 73 91 PROJETO CENTENÁRIO HANS BROOS (1921-2021) https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2264 <p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">O</span></span></span></span><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;"> Projeto “Centenário Hans Broos (1921 – 2021): Uma Possibilidade de Valorização Patrimonial” </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">aborda</span></span></span></span><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;"> a questão da valorização patrimonial através da disseminação das obras do arquiteto em território catarinense, que encontram-se ameaçadas </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">atualmente</span></span></span></span><span style="font-family: Futura Lt BT, serif;"><span style="font-size: small;">. O objetivo geral desse projeto foi propor a integração da pesquisa e extensão ao ensino utilizando as obras do arquiteto, que constam no processo de tombamento em instrução no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como o fio condutor do processo. Como metodologia foi feito a revisão bibliográfica, o levantamento do material disponível para a pesquisa, sistematização das informações e organização do material para publicações futuras. Concomitante, os bolsistas realizaram os redesenhos desses projetos em softwares específicos de ensino, como a AutoCAD (2D) e o Revit (3D). Esse material foi disponibilizado aos poucos para o público em geral através de diversas mídias, onde foi possível perceber os impactos proporcionados pelas atividades de extensão. </span></span></p> Bernardo Brasil Bielschowsky Ana Paula Pupo Correia Taina Helena Dias Sara Clarice dos Santos Alana Till dos Santos Pereira © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 92 101 TRAÇOS DA MODERNIDADE https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2260 <p>A cidade de Joinville, localizada ao norte do estado de Santa Catarina, possui em meio a sua malha urbana uma vasta produção arquitetônica com preceitos modernistas. Principalmente entre as décadas de 1950 e 1970, em confluência com os anos de crescimento econômico e industrial, houve uma crescente na construção de edifícios e residências que possuem relevância histórica e cultural, que marcam as tensões entre o novo e o antigo, a modernização e a tradição, e as rupturas narrativas das construções em sua forma, discursiva ou material.</p> <p>Mesmo contando com uma produção significativa, este conjunto arquitetônico conta com poucos bens tombados. Sob a salvaguarda do município há somente quatro edificações que estão identificadas como modernistas em seus pareceres. Na cidade, é considerável a propensão à patrimonialização de edificações vinculadas aos valores éticos dos imigrantes. Todavia, a ênfase sobre estas escolhas provocam lacunas, como a gerada pela falta do reconhecimento sobre o valor cultural e patrimonial das edificações da arquitetura moderna, impactando na formação da imagem da cidade. Reverbera também em uma uniformização do que se entende por patrimônio, em detrimento de outras edificações que são elementos testemunhais de uma organização social.</p> <p>Apesar da pequena quantidade patrimonializada, a cidade conta com um conjunto de edificações deste período que possuem um caráter cultural, de transmissão e de qualificação da malha urbana. As edificações representam dinâmicas socioculturais, a organização da cidade, além de atributos arquitetônicos, como coerência tipológica, composições formais, materiais, entre outros. &nbsp;&nbsp;</p> <p>A falta de visibilidade como um produto cultural e de valor histórico resulta na carência de instrumentos efetivos de conservação ou proteção das edificações modernistas pela cidade. Este ensaio, visa registrar algumas destas edificações, mostrar suas variações e apropriações estilísticas realizada pelos arquitetos que as construíram, pois, sem salvaguarda e com o crescimento vertiginoso da especulação imobiliária, estão à mercê do tempo.</p> Tayna Vicente © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 114 122 ENTRE APAGAMENTO E MEMÓRIA https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2057 <p>Este ensaio fotográfico foi desenvolvido com o intuito de somar aos acervos documentais de edificações do período moderno da cidade de Belém-PA; na medida em que a fotografia se faz um meio tangível de salvaguarda, e é capaz de transmitir a essência arquitetônica deste movimento através dos arranjos compostos por luz e sombra. Cada registro visual está de certa forma contribuindo para a preservação deste pedaço de história; medida esta fundamental, dado que com o passar do tempo, as cidades tendem a renovações diversas, sendo comum que ocorra o apagamento de diversos estilos arquitetônicos.</p> <p>Em particular, a arquitetura modernista é uma das que mais sofrem com este fato, pois esta não costuma ser muito apreciada por sua “falta de adornos”, com isso existe a maior facilidade de vermos grande parte de seus exemplares vindo ao chão. Tendo em vista que muitas vezes estas construções transcorrem o tempo sem qualquer de tipo de documentação, criar esse copilado de fotografias com enfoque nos detalhes que fazem esses edifícios se destacarem em seu estilo único é cada vez mais necessário para fins de conscientização.</p> <p>As imagens que seguem são de três edifícios distintos, tendo enfoque em seus detalhes construtivos e padrões da estética modernista paraense, detalhes estes que por muitas vezes passam despercebidos aos leigos. Estas são apenas algumas das construções emblemáticas do período moderno na capital (Belém-PA). Mesmo dentre as edificações mais conhecidas por seu valor histórico, poucas são aqueles que ainda se encontram conservadas, com poucas descaracterizações, e até mesmo com alguma preocupação de manutenção.</p> <p>O estado de conservação das obras apresentadas varia, desde o mais completo abandono (INAMPS) ao uso readequado e ainda um pouco mais próximo de seu estado original. Sendo o SETRAN a única edificação dessa lista que foi tombada através do DPHAC em 2006, e o edifício Don Carlos que se encontra ainda em processo de tombamento. Na sequência será nítido que mesmo que as construções façam parte do mesmo movimento, cada um tem seu diferencial e até mesmo se assemelhando mais a outras linguagens do mesmo período como o brutalismo. O modernismo paraense tem seu toque único, e entre seus representantes mais conhecidos está Camillo Porto, autor de duas obras apresentadas aqui.</p> Carolina Borges © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 123 132 RAÍZES https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2214 <p>Aristóteles já dizia que “é nas cidades que o homem pode realizar a virtude inscrita em sua essência, pois ele é um animal político”. Além da importância artística, cultural e social, o meio urbano é o retrato mais fiel da história de seu povo. A dinâmica do espaço narra ascensões e ruínas, progressos e anacronismos, complexidade e simplicidade. Cada parte da cidade é fruto da ação de vários personagens que se relacionam para vencer o meio, produzem cultura e garantem a sobrevivência a espécie.</p> <p>Do Brasil de 1500 para o país em desenvolvimento do século XXI, a aldeia, a vila, a cidade, representam o marco concreto de como se processou a nossa história. As ruas e as construções corporificam uma espécie de padrão temporal que liga o instante transcorrido, o passado; ao minuto a seguir, o futuro: aquilo que foi e o que está por vir. Reside aí a identidade, alicerce da construção de nossa autonomia.</p> <p>O geógrafo Yi-Fu Tuan diz que “o entusiasmo pela preservação nasce da necessidade de ter objetos tangíveis nos quais se possa apoiar o sentimento de identidade”. Além do mais, as antigas construções imprimem beleza à paisagem e auxiliam na manutenção da diversidade. Lojas, escritórios, consultórios, clínicas, repartições públicas, enfim, diversos segmentos ocupam imóveis antigos de considerável valor histórico. A dinâmica da cidade, muitas vezes, exige que o espaço seja repensado. Ações de conservação e de preservação mostram que o passado e o futuro podem conviver em harmonia.</p> <p>Preservar nossas memórias, nossos bens materiais e imateriais, é um recurso para a construção da própria identidade. Em um mundo cada vez mais padronizado, decorrente da globalização, a peculiaridade dos lugares torna-se a maior riqueza que uma comunidade possa possuir. É dessa discussão que nasce o conceito da exposição “Raízes”, a importância de se preservar e de se contar histórias por meio da arquitetura e patrimônio histórico na cidade de Uberaba. </p> Sophia Mariá Durão Juliani © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 133 143 SOB OS ARCOS DA “BEIRA VALÃO” https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/2046 <p>Desenhos de observação da paisagem do Canal Campos-Macaé em Campos dos Goytacazes/RJ, considerado o segundo maior canal artificial do mundo. <span class="fontstyle0">Mais conhecido como “Beira Valão”, o Canal tem uma forte presença no cotidiano campista, muito pela sua posição geográfica, pois se localiza no centro da cidade e a Avenida José Alves de Azevedo, que margeia o Canal, é eixo de ligação para quase todo o território do município. O Canal tem uma importância histórica, conceitual e simbólica para o<br>município, por isso foi tombado como patrimônio histórico em 2002.</span></p> <p><span class="fontstyle0">O florescer dos ipês amarelos é o ponto alto para quem anda pelas proximidades do Canal Campos-Macaé, constituindo um cartão postal especial na primavera e enfeitando a Avenida José Alves de Azevedo, nas proximidades da Rodoviária Roberto Silveira.<br></span></p> <p><span class="fontstyle0">Os desenhos foram produzidos para ilustrar a tese de doutorado do autor, concluída em 2023 no PROARQ/UFRJ, intitulada "SOB OS ARCOS DA BEIRA VALÃO: Estereótipos do edificado na paisagem do Canal Campos-Macaé, Campos dos Goytacazes/RJ".<br></span></p> <p>&nbsp;</p> Fagner das Neves de Oliveira © 2024 Revista Arquitetura e Lugar https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-03-29 2024-03-29 2 5 144 147