https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/issue/feed Revista Arquitetura e Lugar 2024-11-10T14:21:58-03:00 Profa. Dra. Alcília Afonso kakiafonso@hotmail.com Open Journal Systems <p style="text-align: justify;">A revista Arquitetura e Lugar tem como objetivo, resgatar a arquitetura e a sua relação com o lugar no qual, esta é produzida. Tratará de temas voltados à história da arquitetura, da cidade, bem como questões de documentação e conservação do patrimônio arquitetônico em suas diversas manifestações, material e imaterial.</p> <p style="text-align: justify;">Pretende dialogar com a realidade brasileira e internacional, realizando conexões e reflexões sobre os temas tratados.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>e-ISSN</strong>: 2965-291X<br /><strong>✉</strong> revistaarquiteturaelugar@gmail.com</p> https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4805 EDITORIAL V.2 N.7 NOVEMBRO DE 2024 2024-11-10T13:23:59-03:00 Alcília Afonso kakiafonso@hotmail.com <p>Apresenta o Expediente e o Editorial desta edição</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Alcília Afonso https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/3819 A ARTE DE ESCULPIR COM BARRO 2024-10-15T10:24:35-03:00 Jessyka Alves de Sousa jessykamalves@gmail.com Pablo Ferreira pablorlf@yahoo.com.br <p>Este trabalho, desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no curso de Arquitetura e Urbanismo em 2023, propõe a criação de um anteprojeto arquitetônico para um ateliê destinado às loiceiras do Bairro São José, em Cajazeiras, Paraíba. A proposta busca oferecer um espaço apropriado para a produção e exposição de peças artesanais, contribuindo para a preservação e valorização dessa tradição cultural que resiste ao tempo.</p> <p>A tradição das loiceiras, transmitida por gerações, representa uma prática artesanal com mais de cinco décadas de história, atualmente ameaçada pela falta de condições adequadas para produção e exposição das obras. A figura da Mestra Lourdinha, única artesã ativa na comunidade, reforça a necessidade de medidas urgentes para a preservação desse patrimônio material e imaterial. Assim, o projeto articula a proteção da tradição ceramista e a promoção de práticas arquitetônicas sustentáveis.</p> <p>A abordagem projetual faz uso do tijolo solo-cimento, material reconhecido por sua sustentabilidade e durabilidade, que estabelece uma conexão entre a arquitetura e as práticas artesanais locais. A escolha do barro como elemento simbólico e material de construção reflete a íntima relação entre natureza, cultura e território, promovendo um diálogo entre espaço e tradição. O ateliê foi concebido não apenas como um local de trabalho, mas como um espaço que celebra a memória cultural e a identidade das loiceiras.</p> <p>O projeto adota princípios de arquitetura bioclimática, visando adaptar a edificação às condições climáticas da região semiárida. Entre as soluções propostas, destaca-se o uso de ventilação seletiva, por meio de um telhado do tipo “borboleta”, composto por treliças que criam aberturas para o fluxo de ar. Essa configuração favorece a circulação natural do ar e gera uma camada de ar isolante entre a cobertura e o interior, promovendo conforto térmico. Além disso, foram implementadas aberturas superiores ao longo da edificação, utilizando cobogós de tijolo estrategicamente posicionados para canalizar os ventos predominantes e intensificar a ventilação cruzada.</p> <p>Outros elementos arquitetônicos contribuem para a eficiência do projeto, como os beirais, que garantem sombreamento e proteção solar, e os brises verticais nas fachadas leste e sul, que, além de oferecerem proteção contra a incidência solar direta, agregam valor estético à composição do edifício. Esses dispositivos arquitetônicos demonstram a integração entre funcionalidade e estética, característica essencial ao projeto.</p> <p>O sistema construtivo foi baseado no uso modular de tijolos ecológicos de solo-cimento, produzidos a partir de solo local, água e cimento, sem necessidade de queima em olarias. Esses tijolos, além de reduzir custos e impactos ambientais, contribuem para a eficiência construtiva, minimizando o desperdício e o tempo de execução da obra. A modularidade do sistema facilita futuras adaptações e ampliações, garantindo flexibilidade ao uso do espaço.</p> <p>Por meio de um design sensorial que explora a textura dos materiais e remete à ancestralidade, o projeto propõe um ambiente que transcende a função prática, configurando-se como um espaço de memória e celebração cultural. Assim, o ateliê não apenas promove a produção artesanal, mas atua como um marco na preservação do patrimônio cultural e na valorização da identidade local.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Jessyka Alves de Sousa, Pablo Ferreira https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4806 DINAURO ESTEVES 2024-11-10T13:29:06-03:00 Alcília Afonso kakiafonso@hotmail.com Larissa Morais larissa.monteiro@estudante.ufcg.edu.br Hênio Henrique henio.henrique@estudante.ufcg.edu.br <p>ENTREVISTADO: DINAURO ESTEVES<br>ROTEIRO, TEXTO, ENTREVISTADORA, EDIÇÃO E REVISÃO DA ENTREVISTA: ALCILIA AFONSO<br>TRANSCRIÇÃO: LARISSA MORAIS E HÊNIO HENRIQUE<br>FOTOS: ALCILIA AFONSO E BRUNA TEIXEIRA<br>DATA: 12 DE OUTUBRO DE 2024</p> 2024-11-16T00:00:00-03:00 © 2024 Alcília Afonso, Larissa Morais, Hênio Henrique https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4518 FORTALEZA 2024-10-15T23:16:53-03:00 Bruna Vale brunna.hvl@gmail.com <p>Fortaleza é uma cidade de contrastes intensos, onde o passado e o presente coexistem de maneira singular. A arquitetura de Fortaleza consegue ser marcante em qualquer época, mas o que marca cada pessoa da sociedade alencarina, são as edificações históricas e lembranças de um tempo que não voltam mais. Essas construções, marcadas pelo tempo e pelas histórias que carregam, representam muito mais do que apenas pedras e tijolos. O patrimônio edificado de Fortaleza é um dos pilares da identidade cultural da cidade, faz parte da memória afetiva e das vivências pessoais e coletivas das pessoas. O projeto “Fortaleza: entre a memória e o esquecimento” busca captar esse patrimônio cultural, através da fotografia, que por vezes é negligenciado, mas que ainda sim resiste às mudanças de época e usos, tornando-se testemunhas da nossa história. O objetivo desse ensaio não é apenas registrar o patrimônio edificado, mas sim provocar uma reflexão sobre o papel da memória e da preservação na sociedade contemporânea. Cada imagem busca trazer à tona a dualidade entre permanência e esquecimento, revelando tanto a imponência quanto a fragilidade desses testemunhos do passado. O projeto visa, portanto, criar uma ponte entre o que já foi e o que ainda pode ser. Através da fotografia, o ensaio busca imortalizar esses casarões históricos que, mesmo desgastados, seguem firmes e convidam à valorização da cultura, da história, da preservação e conservação do patrimônio existente, que afinal de contas, faz parte da herança cultural da sociedade e garantir a preservação dessa parte da história é essencial para tornar o acesso das gerações futuras de forma integrada e conectada a história de sua cidade, sempre em diálogo constante entre o hoje e o amanhã.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Bruna Vale https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/3214 OCUPAÇÃO DO VAZIO 2024-07-30T19:52:15-03:00 Angela Peyerl angela.peyerl@gmail.com <p>A Cidadela Cultural Antarctica, pertencente ao município de Joinville- SC, é um bem tombado a nível municipal desde 2010. Mas a história deste prédio começa em 1889, com a cervejaria Tiede. Posteriormente, na década de 1910, o negócio foi vendido após o falecimento de seu fundador, Alfred Tiede, e recebeu o nome de Cervejaria Catharinense, que além de cerveja, também fabricava licores e refrigerantes. Na década de 1950, a cervejaria foi adquirida pela Companhia Antártica Paulista. A região contava com fontes de água cristalina, o que favorecia a produção da bebida. As fotos deste ensaio ocorreram entre dezembro de 2022 e março de 2023 durante o processo de limpeza dos espaços da Cidadela. Vale ressaltar que em março de 2021 o galpão foi consumido pelas chamas, o espaço já estava fechado ao público devido a um deslizamento de terra na parte de trás da construção, sendo utilizado apenas para o armazenamento de documentos. Neste ensaio trago recortes de uma ocupação de vazio, com o olhar de alguém que diariamente passava pelo espaço. A relevância do cheio está ligada à grandiosidade do vazio. Sem um conceito tão simples, embora complexo de compreender para muitos, não seria possível construir uma edificação. Discutir solidão ou a perda de espaço é simples quando não se capta ou se ignora a visão. Ocupar o vazio e transitar neste espaço, foi perseguir os ecos que ainda habitam dentro do espaço patrimonial. Ocupar o vazio é uma proposição artística que tensiona os vácuos que o patrimônio se encontra hoje não só na cidade bem como em todo o Brasil. Esta série fotográfica inaugura um processo de busca na qual o meu olhar mergulha no cotidiano poético das cidades.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Angela Peyerl https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/3840 POR UMA (NOVA) CIDADE-CAPITAL PARA O BRASIL (1808-1824) 2024-10-26T19:43:53-03:00 Luís Henrique Rechdan luis.rechdan@gmail.com <p>Neste artigo, propõe-se uma reflexão sobre algumas das propostas, elaboradas entre 1808 e 1823, de transferência da capital do Brasil – Vice-Reino, Reino e Império – da cidade do Rio de Janeiro para um local que atendesse melhor os interesses das classes dominantes provinciais. Propostas que, inclusive, impactariam na redação da Carta Constitucional de 1824, na qual não há a definição de uma cidade específica como capital do Império. Quando Hipólito José da Costa e José Bonifácio de Andrada e Silva refletiram sobre o tema, diversas eram as experiências urbanísticas que estavam à disposição destes letrados para serem analisadas de modo a propor uma solução específica para o Brasil – Reino ou Império. E, do(s) modelo(s) escolhido(s) decorreria(m) novas hierarquias e redes territoriais entre as cidades, novas representações de poder, nova arquitetura das relações mercantis e das fontes do poder econômico pelo espaço americano.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Luís Henrique Rechdan https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4359 PATRIMÔNIO INDUSTRIAL 2024-10-26T18:33:19-03:00 Marina Gonçalves marinafg.ufba@gmail.com Flávio Souza Junior flavios25junior@gmail.com <p>Esta pesquisa investiga e documenta a história e a trajetória do Dormitório do Conjunto Ferroviário de Miguel Burnier, localizado em Ouro Preto, Minas Gerais, visando sua preservação. O Dormitório, parte do conjunto ferroviário, já foi moradia para trabalhadores e viajantes, desempenhando um papel relevante no contexto social e econômico da região. Com o declínio das atividades ferroviárias, o edifício foi abandonado e passou a sofrer com a falta de manutenção, resultando em sua deterioração. O conjunto de Miguel Burnier, representativo do patrimônio industrial dos séculos XIX e XX, é um exemplo da relevância histórica das ferrovias no desenvolvimento urbano e rural do Brasil. A pesquisa, por meio de levantamento bibliográfico e de campo, busca documentar o Dormitório gerando ferramentas para compreender seu processo de patrimonialização e contribuir para sua preservação, considerando o valor histórico e as demandas da comunidade local.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Marina Furtado Gonçalves, Flávio Souza Junior https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/3292 CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO ECLETISMO NA ARQUITETURA GARANHUENSE 2024-11-09T21:47:36-03:00 Cleyton Ferreira profcjf@gmail.com <p>O ecletismo na arquitetura brasileira é uma tendência construtiva indicativa do processo de transição entre a mão de obra escrava para a remunerada e livre; do regime imperial para o republicano e da aristocracia rural se associando à burguesia urbana. Neste sentido, observar o advento do ecletismo numa cidade como Garanhuns/PE é estudar seus movimentos econômicos, políticos e sociais. Para o presente estudo, Palácio Episcopal é o objeto; moradia dos Bispos Católicos que passaram pela cidade desde que ela se tornou Diocese em 1918. Sua construção é do ano de 1884, e tinha como objetivo abrigar o engenheiro responsável pelas obras de ampliação do ramal ferroviário que articulava o interior da então província de Pernambuco com as cidades portuárias. Por ter sido edificado num período de transição entre o regime escravista e a abolição da escravidão (Lei Áurea, 1888) é possível que tenha sido construído ainda com a utilização da mão de obra escrava. Hipótese que abre uma senda no paradigma de que o ecletismo na arquitetura brasileira tenha sido produzido indiferente à escravidão.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Cleyton Ferreira https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4386 REPENSANDO A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM PONTA GROSSA-PR 2024-10-26T18:42:32-03:00 Nisiane Madalozzo nmadalozzo@uepg.br Gabriela Barreto gabrielabarreto.msppgeo@gmail.com <p>O presente estudo tem como objetivo ampliar o debate e contribuir para a formulação de novas abordagens na concepção de conjuntos habitacionais destinados à população em situação de vulnerabilidade socioeconômica no município de Ponta Grossa. Para isso, foram realizadas análises histórico-conceituais, tanto no contexto nacional quanto municipal, abordando aspectos teóricos estruturantes sobre habitação de interesse social. Soma-se a isso a análise de casos correlatos que podem servir como referência para a implementação de ações que beneficiem a sociedade de Ponta Grossa, com foco na melhoria da qualidade de vida dos moradores, que enfrentam a desassistência do Estado e a vulnerabilidade social, buscando, dessa forma, alternativas para promoção da moradia digna para estes cidadãos.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Nisiane Madalozzo, Gabriela de Lima Manique Barreto https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4509 AVALIAÇÃO DE ACESSIBILIDADE EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR 2024-10-26T19:47:00-03:00 Vinicius Fulgêncio vinicius.fulgencio@ufpe.br Marcella Farias marcellavlobo@gmail.com <p><span class="fontstyle0">Este trabalho tem como objetivo avaliar as condições de acessibilidade em um edifício multifamiliar vertical, no intuito de gerar discussões acerca do tema. A metodologia se estrutura em duas macroetapas: 1) planejamento e execução; e 2) diagnóstico e recomendações, as quais estão compostas por um conjunto de procedimentos metodológicos. Como instrumento avaliativo, foi utilizada uma lista de verificação de acessibilidade. O objeto de estudo selecionado foi um edifício cuja aprovação projetual foi anterior às exigências da NBR 9050 e da Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) – legislações que determinam a obrigatoriedade e os parâmetros de acessibilidade em áreas comuns de edifício residencial. Os principais resultados indicaram diversas inadequações físicas, comunicacionais e/ou de sinalização. Assim, entende-se que o empreendimento precisa ser reformado, a partir de uma intervenção arquitetônica, para torna-se em um ambiente acessível.</span> </p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Vinicius Fulgêncio, Marcella Farias https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/3400 BRASILIDADES 2024-08-27T14:29:06-03:00 Sophia Mariá Juliani sophiajuliane@hotmail.com <p>Ao longo dos anos, a riqueza e a diversidade da arquitetura brasileira foram representadas através dos olhos e das mãos de seus arquitetos. Este encontro visual oferece uma jornada que percorre os diferentes estilos arquitetônicos que moldaram o Brasil, revelando como a mistura de culturas, influências e tradições moldaram uma identidade arquitetônica única e profundamente enraizada na história do país.</p> <p>A arquitetura brasileira é um reflexo da sua sociedade, composta por uma pluralidade de vozes, culturas e histórias. Desde as construções coloniais, com suas linhas europeias adaptadas ao clima tropical, até as ousadias modernistas que se tornaram ícones mundiais, passando pelas influências africanas, indígenas e contemporâneas, cada desenho exposto aqui carrega consigo uma narrativa que contribui para a construção de uma identidade nacional.</p> <p>Nesta exposição, cada desenho é um fragmento dessa história rica e diversa, um testemunho da miscigenação que define a identidade arquitetônica brasileira. Ao caminhar por essas obras, convidamos você a refletir sobre como a arquitetura vai além das formas e estruturas, atuando como uma narrativa visual de quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir.</p> <p>A curadoria desta exposição foi guiada pelo desejo de apresentar ao público a multiplicidade de expressões arquitetônicas que compõem o Brasil. As obras aqui expostas são uma celebração dos arquitetos que, ao longo dos séculos, contribuíram para construir uma identidade arquitetônica única, vibrante e em constante transformação.</p> 2024-11-10T00:00:00-03:00 © 2024 Sophia Mariá Juliani